Estima-se que uma em cada 1.000 mulheres grávidas seja diagnosticada com câncer. Essa frequência pode aumentar no futuro, pois as mulheres atrasam a idade em que engravidam.
O aparecimento de câncer em uma mulher grávida é um processo com características únicas, pois na mesma pessoa há um crescimento controlado do feto e sua placenta, juntamente com um crescimento descontrolado de um tumor maligno que pode condicionar a vida da mãe e da mãe. feto. Além disso, o câncer em uma mulher grávida geralmente é mais avançado do que em mulheres da mesma idade que não o são.
Para o paciente e o médico, há um grande dilema: se o tratamento for atrasado para não prejudicar o feto, ele pode colocar em risco a vida da mãe; se for tratado assim que o diagnóstico for alcançado, a vida da criança é arriscada. Além disso, existem outros problemas, como dificuldades em diagnosticar e estudar a extensão do câncer, o efeito do tratamento em futuras gestações ou problemas éticos na mãe ou nos profissionais de saúde. Por tudo isso, o manejo desses pacientes é complicado e deve ser personalizado.
Tipos mais freqüentes de câncer durante a gravidez
De todos os cânceres que ocorrem durante a gravidez, um em cada quatro são cânceres de mama. O câncer de colo do útero aparece aproximadamente na mesma frequência. Os próximos dois tipos mais comuns de câncer são derivados de células sanguíneas e são leucemias (15% do câncer em mulheres grávidas) e linfomas (10%). 8% dos casos de câncer são melanomas, um tipo de câncer originário da pele, e 4% são cânceres de tireóide.